14 BIS

14  BIS

 

No início do século XX Santos Dumont desenvolveu, com êxito, o que seria um dos precursores do avião moderno, o 14 Bis. Para a construção adotou uma estrutura em caixa e escolheu um motor leve e com potência: um Lavasseur Antoinette de 24 HP. O aparelho foi construído em seda japonesa, bambu e alumínio, numa estrutura de biplano do tipo canard. O 14 Bis foi assim denominado pelo facto de ter percorrido a meia milha que separava Neuilly, próximo de Paris, onde foi construído, do Campo de Bagatelle, onde seria testado pela primeira vez em 1906, suspenso no último dirigível que Dumont tinha construído, o nº 14. No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis voou quase 70 metros a uma altitude de 3 metros, diante de mais de 1000 espectadores e da Comissão Oficial do Aeroclube da França, entidade autorizada a homologar qualquer atividade aeronáutica. Para fazer com que o 14 Bis percorresse uma distância maior, Dumont adicionou ailerons na célula do meio de cada asa. Os ailerons controlavam a estabilidade da aeronave e eram acionados por cabos fixados nos ombros do piloto. Com a inclinação dos ombros, Dumont conseguia controlar a rotação dos ailerons e estabilizar o 14 Bis. No dia 12 de novembro, Santos Dumont e o seu 14 Bis percorreu 220 metros em 21,5 segundos, estabelecendo o recorde de velocidade da época 36,84 km/h. O 14 Bis foi a primeira aeronave mais pesada que o ar a levantar voo pelos seus próprios meios. A aeronave exposta é uma réplica 1:1 em estado de voo doado pela Companhia Aérea Brasilerira, TAM.

 

Motor
Dimensões
Pesos
Performance
Levasseur Antoinette, de 50 hp Envergadura – 12,00 m
Comprimento – 10,00 m
Altura – 4,81 m
Peso – 160 kg Velocidade – 36,84 km/h